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Como nossos olhos evoluíram: por que os dias atuais exigem tantos cuidados?

Nossos olhos, ao longo da evolução, evoluíram para enfrentar os desafios de um ambiente natural. No entanto, com o avanço da tecnologia e mudanças no estilo de vida moderno, surgiram novos desafios para a saúde ocular. Neste artigo, exploraremos a fascinante jornada da evolução dos nossos olhos e por que os cuidados com a visão se tornaram tão essenciais nos dias de hoje. Prepare-se para uma análise profunda sobre como nossos olhos se adaptaram e como podemos protegê-los na era digital.

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Algo muito comum hoje em dia é observar pessoas de diferentes idades utilizando óculos, sejam eles óculos de sol ou óculos de grau. Basta caminhar um pouco pela rua, ou observar as fotos que seus contatos publicam em suas redes sociais: muito provavelmente você verá ao menos algumas pessoas de óculos. Isso é algo bastante positivo, já que significa que mais e mais pessoas estão se conscientizando da importância dos óculos e utilizando-os, tanto para corrigir problemas de visão quanto para prevenir doenças oculares.

Entre estas pessoas, um número cada vez maior busca óculos capazes de proteger seus olhos e preservar a qualidade da visão. Elas não são portadoras de deficiências visuais, mas tampouco usam óculos por razões de estilo e estética. Elas estão, na verdade, seguindo recomendações médicas baseadas nas mais recentes evidências científicas, que apontam que vivemos em um cenário no qual é preciso cuidar da visão de forma preventiva.

Ao mesmo tempo, com toda certeza você já deve ter ouvido alguém afirmar que o aumento do uso de óculos não passa de uma “moda”, já que apenas algumas décadas atrás, somente pessoas com problemas de refração, como a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia usavam óculos, e os modelos destinados a proteção contra a luz intensa dos raios solares eram vistos muito mais como peças de estilo do que qualquer outra coisa. Apesar de fruto do desconhecimento das utilidades dos óculos e de alguns dos motivos pelos quais os usamos e recomendamos, a opinião destas pessoas possui base na realidade.

Isso porque quem viveu antes da revolução tecnológica passou boa parte de sua existência longe de vários fatores atuais que acabaram por exigir um comportamento diferente em relação aos nossos olhos e aos cuidados que devemos ter com eles. Se antes as recomendações eram genéricas e simples como por exemplo “não leia em ambientes de pouca luz”, hoje em dia temos de estar atentos a múltiplas variáveis, como o tempo de exposição ao sol, a temperatura de cor e a intensidade do brilho das telas (que fazem parte de nosso dia a dia e são ferramentas de trabalho e estudo imprescindíveis) e muito mais. De modo que as novas gerações enfrentam muito mais risco de problemas de visão que as anteriores, e isso sem contar com as “epidemias” de doenças visuais, uma realidade confirmada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

A razão por trás disso tudo também pode ser explicada pela ciência: entendendo a evolução de nossos olhos, fica mais fácil compreender os motivos pelos quais eles necessitam de tantos cuidados no mundo contemporâneo. Siga lendo, e saiba mais sobre a evolução dos olhos humano e os perigos de utilizar sua visão de forma equivocada.

Como os olhos evoluíram

Os olhos são maravilhas da natureza, e isso é um fato indiscutível. Nossa civilização, cultura, relações pessoais e praticamente tudo o que se relaciona com a existência de uma espécie humana está intimamente ligado a capacidade de enxergar. Utilizando nossos olhos fomos capazes de desenvolver a escrita, a agricultura, construir cidades, criar um método científico e a partir dele ter acesso a tecnologias das mais diversas – inclusive aos óculos.

Afirma-se frequentemente que o olho é um órgão tão maravilhosamente intencional que a evolução (ou seja, um processo aleatório) não pode explicar seu desenvolvimento: de tão perfeitos, os olhos teriam de ter sido “pensados” e “projetados” por uma inteligência superior.

Leia também: Coloração dos olhos: como a genética e os pigmentos influenciam na cor dos olhos

O próprio Charles Darwin é frequentemente citado (pela metade) para justificar esta hipótese. Isso porque Darwin confessou que era “absurdo” propor que o olho humano, um “órgão de extrema perfeição e complicação” evoluiu através de mutação espontânea e seleção natural. Entretanto, o cientista britânico também afirma que “se numerosas gradações de uma estrutura simples e imperfeita puderem ser demonstradas como etapas da transição para um olho para um complexo e perfeito, pode ser demonstrado que existe uma explicação evolutiva para seu surgimento”.

Recentemente, a hipótese de Darwin vem sendo confirmada pela ciência, e hoje estamos certos de que o olho humano é um dos mais maravilhosos produtos da evolução. Mas, antes de falar especificamente sobre nossos olhos, vamos a uma breve explicação do processo por meio do qual a visão evoluiu no reino animal:

Indivíduos inusitados em uma população às vezes surgem por mutação. Eles geralmente não sobrevivem, exceto no improvável caso de uma mutação que, de alguma forma, torna-os mais capazes de lidar com seu ambiente do que seus companheiros “normais”. E, se sobreviverem, passam sua mutação para seus descendentes. Se toda uma população está sob pressão de sobrevivência, (o que é algo muito comum em todas as espécies animais), mesmo uma pequena vantagem pode dar a um organismo um benefício sobre seus semelhantes. Assim, organismos com uma mutação benéfica tendem a sobreviver e a se tornar mais e mais numerosos ao longo de gerações sucessivas.

Em outras palavras, eles se tornam a norma, e quando isso acontece, pode-se dizer que a população como um todo evoluiu. Contudo, qualquer mudança benéfica causada pela mutação será geralmente bastante pequena. Para algo como um órgão importante para evoluir, ele teria de ser o resultado de um grande número de mutações, todas benéficas, ao longo do tempo suficiente para permitir que o número necessário de mutações aconteça espontaneamente.

Ou seja, para que os olhos tenham evoluído, um processo gradual deve ter ocorrido através de uma série de estágios intermediários. Em cada etapa, a chance de sobrevivência do indivíduo mutante melhorou (ou a nova característica não poderia ter sido estabelecida). O que confirma a veracidade do antigo provérbio “Em terra de cegos, quem tem um olho é rei”: um animal que pode sentir a luz (quando outros membros de sua população não podem) possui uma grande vantagem.

Provavelmente o processo de detecção da luz começou de forma muito semelhante ao modo como nós, humanos, somos capazes de sentir o calor através do tato: há muitos exemplos de espécies que detectam a luz dessa forma. Assim, organismos primitivos ganharam células sensíveis à luz em sua superfície através de mutação, e assim teve início o processo que levaria ao desenvolvimento da visão. Tais organismos poderiam distinguir a luz da escuridão, e embora capazes de sentir movimento, não conseguiam delinear formas ou ser capazes de detectar a direção a partir da qual a luz estava vindo com alguma precisão. Os próximos estágios de desenvolvimento tornaram o organismo mais sensível à direção da qual a luz está vindo, e após isso, passando por sucessivas mutações, o animal tem uma imagem nítida do mundo exterior, que se impinge em sua retina.

Os refinamentos posteriores incluem músculos para controlar o tamanho da abertura (íris) a forma da lente e do olho inteiro. Ao dar credibilidade a tal esquema evolutivo, os zoólogos evolutivos, desde a época de Darwin, têm tentado encontrar exemplos de animais, vivos ou extintos, com olhos funcionais como os que devem ter estado presentes nas etapas da evolução da capacidade visual. Agora, este objetivo foi praticamente alcançado: conhecemos desde animais que “sentem” a luz, como as águas-vivas, animais que possuem olhos simples como as minhocas, e uma infinidade de outros, que possuem características oculares como as que esperávamos encontrar ao longo da evolução.

O olho humano

O processo evolutivo que levou até a visão provavelmente se iniciou à mais de 500 milhões de anos, e aconteceu de forma independente pelo menos 40 vezes na história de nosso planeta, com as mais diversas espécies animais. O olho humano, contudo, desenvolveu-se muito mais recentemente, a partir dos olhos de nossos ancestrais primatas. As melhores estimativas sugerem que nossos olhos evoluíram através de cerca de 200 etapas graduais.

E em termos geológicos, o processo foi extraordinariamente rápido: não deve ter tomado mais do que 3,5 milhões de anos. E ao observar a evolução dos olhos humanos de perto, percebemos que eles não são tão extraordinários a ponto de serem apontados como um ponto fora da curva ou uma prova do “design inteligente”. Quando estudamos o desenvolvimento dos olhos e da capacidade visual, constatamos que sim, os olhos humanos são perfeitos: tanto quanto os de outros animais. E isso acontece pois nossos olhos possuem funções específicas.

Vejamos: todos conhecem a popular expressão “fulano tem olhos de águia!”, utilizada para destacar que alguém é capaz de enxergar muito bem. De fato, as águias, falcões e outras aves possuem uma visão extremamente sofisticada, e em diversos aspectos, superior à humana. Isso acontece pois as mutações que levaram ao desenvolvimento dos olhos das aves seguiram na direção das necessidades destes animais. Mas estamos usando um exemplo extremo. Para as aves de rapina, os olhos são tão importantes e desenvolvidos, que seria injusto estabelecer estes animais como comparação. Ao invés disso, falemos sobre outros mamíferos, como nós.

A maioria dos mamíferos possui boa visão (de acordo com sua necessidade), e apresenta uma gama muito diversificada de “formas de enxergar o mundo”. Temos os felinos e canídeos, capazes de detectar movimento com grande precisão, toupeiras que não distinguem nada além de claridade e escuridão, primatas noturnos capazes de enxergar em condições nas quais não poderíamos dar um passo á frente sem tatear o caminho e muitos outros exemplos de criaturas especializadas em enxergar de acordo com o que seus habitats exigem.

Os humanos não precisavam de visão tão poderosa quanto alguns outros mamíferos. Possuímos nossas particularidades visuais adequadas ao estilo de vida de primatas que se comportam como nós: temos uma visão de três cores, que evoluímos através de uma mutação e mantivemos porque ajuda na caça e na coleta (insetos e aves têm uma visão de quatro cores que é mais equilibrada e se estende até o ultravioleta), não temos o tapetum lucidum que dá a muitos predadores uma visão noturna excepcional – porque degrada a acuidade diurna e nossos ancestrais caçavam durante o dia. E não temos a excelente visão de longo alcance da maioria das aves de rapina, porque não precisávamos ser capazes de ver os coelhos a oito milhas de distância.

Além disso, possuímos o chamado ponto cego, uma área do tamanho de uma moeda, na periferia do campo visual em cada olho que é cega: o cérebro apenas adivinha o cenário perdido, em parte fazendo os olhos balançarem com frequência para captar os detalhes perdidos – o que é parte do porquê é tão difícil para os humanos fazer um trabalho detalhado ao dar “closes” e enxergar muito de perto. Mas o olho humano evoluiu muito bem, porque não somos cães, águias, ou baratas, não somos predadores noturnos, nem caçadores extremamente precisos: somos caçadores de curta distância, coletores de frutas e vegetais e – principalmente – fabricantes de ferramentas. E é exatamente por conta desta habilidade de moldar o mundo ao nosso redor que hoje em dia colocamos nossa visão em risco.

Protegendo a visão: riscos dos dias atuais

Juntamente com nossos olhos, evoluíram nossos cérebros. Nunca na história do planeta uma espécie levou a sofisticação cerebral a níveis como os vistos no Homo Sapiens (talvez a exceção sejam algumas espécies de cetáceos e cefalópodes, mas estes animais utilizam seus cérebros de formas que ainda não compreendemos totalmente).

O desenvolvimento cerebral fez com que atingíssemos um grau de inteligência admirável, que nos permitiu criar a linguagem, a representação visual da linguagem, a escrita e – muito mais recentemente – dispositivos computacionais capazes de fazer com que nos comuniquemos uns com os outros o tempo todo, e em tempo real. Computadores, tablets, smartphones e notebooks fazem parte do nosso dia a dia como ferramentas de trabalho, dispositivos de entretenimento e muito mais. Eles inclusive nos capacitam a ver tudo, desde micro-ondas a infravermelhos, em sons e campos de elétrons, só temos que construir a maquinaria certa.

Porém, como vimos ao longo deste artigo, nossos olhos foram projetados para enxergar o meio ambiente, e não a tela, cuja luz é muito distinta da natural em diversos aspectos. Assim, o uso contínuo das mesmas ferramentas que nos fazem tão capazes pode prejudicar irremediavelmente nossa capacidade de ver.

Protegendo a visão nos dias atuais

Mas, como também vimos, somos admiráveis e criativos construtores de máquinas e ferramentas. E a mesma inteligência que nos torna capaz de fabricar dispositivos com telas que podem arruinar nossos olhos nos permite desenvolver soluções para que os utilizamos de forma segura.

Hoje, ainda que nos deparemos com índices alarmantes de miopia, presbiopia e CVS (Síndrome da Visão de Computador), somos capazes de projetar e fabricar óculos específicos para filtrar a luz nociva, além de corrigir problemas de visão causados pelo envelhecimento, o ambiente e a herança genética. Se você chegou ao final deste artigo, é porque com certeza se preocupa com a qualidade de sua visão, e está interessado em entender como ela funciona, o que possibilita prevenir danos a ela.

Se é assim, chegou o momento de conhecer tecnologias que podem ajudar a corrigir e prevenir problemas oculares aliando materiais de qualidade ao conforto e à certeza de adquirir produtos confiáveis e realmente sustentáveis.

Entre em contato conosco aqui, e confira nossas soluções. Seja qual for sua necessidade, nosso compromisso é com a satisfação de nossos clientes!

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